sábado, 14 de janeiro de 2012

Internet tem efeito similar ao de drogas ou álcool no cérebro, diz pesquisa


Viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso, de acordo com uma pesquisa chinesa.
Cientistas estudaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet e descobriram diferenças na massa branca - parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados na rede em comparação a pessoas não-viciadas.
A análise de exames de ressonância magnética revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.
'Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso', disse o líder do estudo Hao Lei, da Academia de Ciências da China.
Computadores
A pesquisa analisou o cérebro de 35 homens e mulheres entre 14 e 21 anos. Entre eles, 17 foram classificados como tendo Desordem de Dependência da Internet, após responder perguntas como 'Você fez repetidas tentativas mal-sucedidas de controlar, diminuir ou suspender o uso da internet?'
Os resultados então descritos na publicação científica Plos One, que poderiam levar a novos tratamentos para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos.
'Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência', disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.
O estudo chinês também foi classificado de 'revolucionário' pela professora de psiquiatria do Imperial College London Henrietta Bowden-Jones.
'Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos comportamentais, como a dependência de internet.'
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PRESENTES

As pessoas são presentes de Deus para mim.
Já vem embrulhados, alguns lindamente e outros de modo menos atraente.
Alguns foram danificados no correio; outros vem por “entrega especial”; alguns são desarmados; outras hermeticamente fechados.
Mas o presente não é a caixa e sim o que está dentro dela; esta é uma importante descoberta. É tão fácil cometer um erro a esse respeito! Julgar o conteúdo pela aparência...
Às vezes, o presente é aberto com facilidade; às vezes é preciso de ajuda. Talvez porque tenham medo. Talvez porque já tenham sido magoados antes e, não queriam ser magoados de novo. Pode ser que já tenham sido abertos e depois jogados fora. Pode ser que agora se sintam mais como “coisas” do que “pessoas humanas”.
Sou uma pessoa como todas as outras, também sou um presente de Deus encheu-me de uma bondade que é só minha. E, contudo, às vezes tenho medo de olhar dentro de uma caixa. Talvez eu tenha medo de me desapontar... Talvez não confie em meu próprio conteúdo. Ou pode ser que eu nunca tenha realmente aceitado o presente que eu sou...
Todo o encontro e relacionamento entre pessoas é uma troca de presentes...
O meu presente sou eu; e o seu presente é você.
Somos presentes um para outro...

John Powell

Quase acredite...

Quase acredite

Quase acreditei que não era nada,
ao me tratarem como nada.

Quase acreditei que não seria capaz,
quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz.

Quase acreditei que não sabia,
quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.

Quase acreditei ser diferente,
entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos,
entre tantos que eram chamados e escolhidos.

Quase acreditei estar de fora,
quando me deixavam de fora porque... que falta fazia?

E de quase acreditar adoeci;
busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.

Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim.

Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente.

E acreditei profundamente em mim.
E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano
se perceba, se ame, se admire de si mesmo,
como verdadeira fonte de riqueza.

Foi assim que cresci:
acreditando.

Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.

E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar,
participar e até de cometer enganos.

E se errar?
Paciência, continuo vivendo por isso aprendendo.
E errar é humano.